Baby, I'm back!
Depois de três dias estressantes, consegui, finalmente, ler meus e-mails e postar algo no meu cantinho. Mas ainda falta bater meu ponto no
Bloguil e no
Kobe's...
Mas o post que eu tinha preparado (e que deveria ter entrado na segunda-feira) fica para outro dia. Hoje vou aproveitar para falar de uma coisa que começou a me incomodar hoje de manhã.
Acordei tarde e, quando liguei a tv da cozinha vi a Ana Maria Braga recebendo uma das atrizes que faz o casal lésbico (ou nem tanto) da novela Mulheres Apaixonadas, a Rafaela Piccarelli. Até aí, nada. Mas o que me chamou a atenção foi o diálogo:
- Então, como é fazer um personagem assim?
- Ah, é complicado, né? Já é complicado começar numa novela das oito, imagina com um personagem assim?
- É, porque existe ainda muito preconceito contra isso, né?
- Pois é, e é uma coisa ruim, que exista gente que não aceita isso.
Além de ser uma conversa de QI abaixo de zero (isso é fácil de perceber), o que mais me impressionou foi o fato de que não se pronunciou a palavra "lesbianismo", "homossexualismo"... nem mesmo expressões de baixo calão foram usadas. Ou seja, o preconceito estava partindo das próprias pessoas que o estavam criticando!
E a atriz ainda disse mais: segundo ela, o personagem estaria sendo muito bem recebido nas ruas. O que me lembrou os casos de personagens homossexuais femininos nas novelas de outrora.
Vocês lembram do casal de "Vale Tudo" (Gilberto Braga)? Elas eram aceitas porque a relação era... hm... bem... camuflada.
Já no caso de "Torre de Babel" (Sílvio de Abreu), o namoro era explícito, feliz, equilibrado, exposto para quem quisesse ver. Mas as donas-de-casa dos grupos de discussão gostaram não... e as duas viraram churrasquinho, como deve ser no mundo
correto e
limpinho da cultura "judaico-critã-ocidental".
Ou seja: Piccarelli, coisa fofa, aproveita bem a aceitação enquanto ainda estás no armário. Porque se saíres...