Across my Universe

sexta-feira, julho 25, 2003

Bom, pra agradar a uma certa pessoa, vou fazer um post no melhor estilo "eu-tenho-12-anos-e-nenhum-cérebro":

Querido Diário:
Tudo bom? Comigo, tudo ótimo! Hoje foi muito legal: eu bem acordei tarde, e brinquei com meu gatinho (o Yasha) e vi um montão de televisão. Mas o mais legal de tudo foi o shiatsu! Tudo bem que eu levei zilhões de anos esperando o ônibus com ar-condicionado para ir, e outro zilhão de anos na volta. Mas quem liga, já que o shiatsu com o dr. Eduardo é a coisa mais maneira de todo o universo?

Agora eu vou indo lá, porque ainda tenho que ligar para a Pati, a Di, a Mari, a Gi e a Gabi! Ufa!

Um beijinho!


Irc.... bom, Dudu, é bom que você comente. Porque fazer esse textinho foi esforço demais da minha parte para passar despercebido! :D

terça-feira, julho 22, 2003

Só pra não dizer que não falei de flores


EUA confirmam morte de filhos de Saddam Hussein

Bom, não sei se acredito (afinal, eles também disseram que o Iraque tinha armas de destruição em massa e até agora nem tchum). Mas, se acreditasse, iria dizer - correndo o risco de soar pouco cristã - "bem feito".

Aliás, correndo o risco de soar pouquíssimo cristã, fiquei insatisfeita com o fato de ter sido tão rápido. Udai e Qsai mereciam sofrer de maneira atroz, para entenderem o quanto de dor disseminaram nas almas alheias. E espero que ardam no mármore do inferno.

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Ps: Mas bastou a Rosadinha e seu comparsa, o Coronel Bolinha, desembarcarem em Paris para a Torre Eifell pegar fogo. Vou te contar!

sexta-feira, julho 11, 2003

Ando com dois assuntos na cachola, já há um tempo, mas eles estavam meio que "on hold", cada um por um motivo.

Um é um combinado (nem tão indigesto assim) Lolita + O Poderoso Chefão, que fica pra hoje - já que está na fila de espera a mais tempo...

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Eu nunca tinha visto a trilogia de "O Poderoso Chefão", meio por falta de oportunidade, meio por receio mesmo. Receio de ver carnificinas e não conseguir pregar o olho; receio de achar ruins filmes que o mundo - eu incluída - tinha em tão alta conta, e ver desabar um mito.

Mas aí o Telecine me fez o maior favor de todos e exibiu a santíssima trindade dos filmes de gângster - que assisti de uma só tacada, mal dando tempo de respirar, invadida e atolada (in a good way) de encantamento e curiosidade por aquele mundo geralmente tão esteriotipado.

Isso foi em Maio. Só que apenas anteontem terminei de reler Lolita ("Light of my life / fire in my loins / my sin / my soul"), sem o qual meu paralelo ficava, no mínimo, capenga - pra não dizer inexistente.

Gosto muito de metáforas - e faço parte de um time que, contando com o apoio luxuoso de Luís Fernando Veríssimo, enxerga na história da ninfeta a corrupção da velha Europa pela jovem América, e o interesse inevitável despertado, nos refinados salões elitistas, pela "selvageria" de um povo que escolheu se alimentar de grandes doses de exagero, futilidade e glicose.

Claro que Nabokov olharia com gélido desprezo para essa minha opinião - já que, na visão do próprio autor, Lolita não passa de a representação de seu caso de amor com a língua inglesa. Mas e eu com isto? :)

Voltemos, porém, à analogia. Da mesma maneira que o livro de Nabokov é a história de um quarentão apaixonado por uma menina de 12 anos - mas também um retrato da sociedade puritana e cega cujo berço foi a América pós-Segunda Guerra Mundial - não consigo imaginar "O Poderoso Chefão" como um simples documento histórico ou o relato de um estilo de vida resultante da corrupção e falta de pulso governamental durante os anos 1920.

Coppola conseguiu muito mais: fez um manifesto sobre a inevitabilidade da violência dentro da sociedade humana, sobre o comportamento primal que rege nossas ações - o lado inconsciente que atiça a agressividade que, acreditamos, está enterrada sob toneladas de racionalidade e sabedoria freudiana.

E assim como no filme o sangue derramado faz todos sofrerem - sem que ninguém pense em dar fim aos tiros, às ameaças, às vinganças - nós também continuamos carregando este fardo de morte e lágrimas, e acho que - infelizmente - o faremos para sempre. Porque, como diz Kay Adams (Diane Keaton, linda, maravilhosa e intensa): "No, this will never end, Michael, not with this sicillian thing that has been going on for two thousand
years..."

quinta-feira, julho 03, 2003

Vocês devem ter percebido que temos um lay-out novo.

Então perceberam errado, porque é o mesmíssimo lay-out com outras cores. :no:

Mas temos uma novidade, que é o título ridículo que eu fiz no Corel-Draw e que nem mamãe gostou. Se tudo der certo, um dia aprenderei a fazer um template realmente bonito e deleitarei a todos com algo que valha a pena apresentar.

Enquanto isso, satisfaçam-se com essa porcaria aí e olhem os links novos - que eles estão aí pra serem devidamente visitados!

quarta-feira, julho 02, 2003

Se é que o inferno existe, ele deve ser muito parecido com o Mundial.

Mundial é uma rede de supermercados com preços baixíssimos e espaço exíguo.

E esse espaço exíguo tem todos os seus parcos centímetros preenchidos por uma gente mal-educada, lerda, lesa e que acredita piamente que está sozinha no supermercado. É por isso que, mesmo sem uma abertura satisfatória, eles se metem entre os vários carrinhos, tentando passar. E, é lógico, carregam tudo o que está no caminho.

Se um dia eu desejar que você vá ao Mundial, atenção: você deve ter feito alguma coisa de muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, mas MUITO absurdamente grave pra mim. E eu pediria desculpas.

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Sabe do que mais?

Eu estava muito mal-humorada, desde ontem. O Mundial piorou consideravelmente minha visão de mundo, e o fato de não estar encontrando um remédio que a farmácia deveria ter entregado não ajudou nem um pouco.

Mas aí, o sr. Destino e seu assistente, o sr. McKarma, resolveram aliviar a minha barra.

Quando fui até a farmácia para reclamar, encontrei um vizinho já velhinho na portaria. Que me perguntou: "O que você faz pra estar mais encantadora cada vez que te vejo?"

Ele não sabe - e acho que nunca vai saber - mas salvou o meu dia....