Across my Universe

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Já que o último post não teve muita audiência.... :) aí vão os

Pensamentos que eu tive nas últimas horas


* Acabei de ver um comercial de "O sorriso de Monalisa". Posso estar enganada, mas acho que a Julia Roberts só tem feito filmes em que ela dá gritinhos histéricos (como se fosse fofo), toma tombos (como se fosse engraçado) e deita com os cabelos espalhados pra trás (como se fosse lindo). É compulsão ou ela acha que com isso dá pra disfarçar a falta de talento?

* Se o rosa é a cor da temporada, por que eu não consigo encontrar nenhum blush rosa do tom que eu quero?

* Quem foi o gênio que resolveu fazer da trinca-pastel Taís Araujo, Reynaldo Giannechini e Giovanna Antoneli os personagens principais de uma novela?

* Dia 27/01 começou oficialmente a temporada de aniversários na minha agenda. Houve outros 2 no início de janeiro, porém é agora que a coisa começa pra valer: serão pelo menos 50 nos próximos 4 meses. Acho que minha conta bancária não vai agüentar, mas é só um palpite.

* Me olhei ontem no espelho e cheguei à conclusão de que estou ficando cada dia pior, o que significa que feiúra é um poço sem fundo.

* Tirei sangue hoje para exame; e como sempre, tomei duas agulhadas. Aparentemente encontrar minhas veias é fácil, mas furá-las é difícil.

* Tenho duas histórias bem engraçadas para contar, mas isso fica pra semana que vem... :)

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Vocês já viram "Dead like me"?



Pois é uma das melhores séries na atual grade da tv a cabo. Tem um texto esperto, personagens divertidos - e um roteiro bem diferente, que começa logo com a morte da personagem principal.

Idéia central: George Lass é uma adolescente que saiu do colégio, não faz faculdade, não trabalha e tem uma atitude totalmente "silixão" pra com a vida. Um belo dia sofre um acidente, err... pouco usual, bate as botas e se descobre empregada:ela passa a fazer parte do time dos "Mortos-vivos", um grupo que tem como função tirar a alma de pessoas que irão morrer em situações bastante dolorosas.

Claro que isso gera uma série de conflitos, resultantes da insatisfação diante dos desígnios do destino. George trabalha para a Morte, mas não tem nenhum controle sobre ela: pelo contrário, é uma subalterna. Tão impotente diante do que acontece como qualquer um de nós, e, como nós, ela nem sempre consegue aceitar que essa passagem tenha que acontecer, porque não há qualquer explicação para isso.

Lembrei da série ontem, quando soube que durante uma partida de futebol do Campeonato Português o húngaro Miklos Feher parou, caiu desajeitadamente e morreu. A imagem me causou um estranhamento tremendo porque simplesmente não faz sentido. Jovem, atleta, saudável, sem problemas cardíacos diagnosticados. Não pude deixar de imaginar um Grim Reaper no estádio, tomando cerveja e aguardando pacientemente pelo momento de levar a alma.

E fiquei imaginando que instância desconhecida é essa, que faz e desfaz as coisas sem se preocupar em explicar, em dar sentido, em ter lógica. Essa instância desconhecida que tanto controla nossas vidas e sobre a qual nada sabemos. E o pior é que não cheguei a conclusão nenhuma..........

terça-feira, janeiro 20, 2004

E aí eu pego o 238 pra vir para o trabalho. Não sei se vocês conhecem, mas o 238 é um ônibus fantástico: vem da minha casa para a Rua do Riachuelo em 20 minutos (um verdadeiro recorde!), graças ao itinerário, onde constam ruas "menos concorridas", por assim dizer. Tudo bem, muitas dessas ruas são pouco concorridas porque não possuem qualquer tipo de segurança; ora pipocas, e quem se incomoda com esse detalhe?

Mas o grande encanto da linha Água Santa - Pça XV, pra mim, são os seus funcionários. Eu me divirto com eles.

Outro dia, por exemplo, estava chovendo horrores. Peguei o ônibus no ponto final, estava vazio. Comentário do motorista para a trocadora:

"É, muita chuva.... se a pista estiver livre, não paro pra pegar um!"

Que linda demonstração de respeito com o usuário! Que magavilha!

Já ontem eu estava no ponto esperando para voltar pra casa. Aliás, esse ponto merece um aparte: fica entre um puteiro (pardon my french) e uma termas, logo depois do Eterno Vazamento (assim chamado por estar ali desde a era paleozóica, aproximadamente) - local assaz agradável, reconheço. Pois passa o ônibus e eu quase me jogo na frente para ele parar. Comentário do motorista para a trocadora:

"Também, ela toda de preto... eu não ia ver nunca!"

Que fantástica percepção visual! Que magavilha!

Mas a melhor história aconteceu na semana passada. Me senti praticamente num post do Suburbia Tales.

Entrei no ônibus e a trocadora me recepcionou cantando. Não, ela não ficou feliz em me ver. Estava com um radinho portátil, daqueles que se compra por 5 réal no camelô, com headphones. Sentei ali do lado e fiquei de anteninha ligada. A playlist incluiu, entre outros, "Deixa a vida me levar", de Zeca Pagodinho; e "Encanto", de Sandy & Junior. Não sei o que foi melhor: se a parte em que ela soltava agudos, se a parte em que ela se coçava. Houve um momento de instrospecção profunda, em que a moçoila, depois de vários trinados em que rimava "meu amor" com "por favor", calou-se. Fiquei me perguntando se isso teria acontecido porque ela se lembrou de alguém (hm.... tá namoran-do! tá namoran-do!) ou se a música da vez era em inglês. Mas ela não me pareceu do tipo que se constrange com essas bobagens.

E pensar que isso tudo aconteceu em um mês. Mal posso esperar pelo aniversário de um ano nesse emprego! :D

terça-feira, janeiro 13, 2004

Mas eis que eu volto.

Não sei nem se alguém vai ler isso aqui, já que muito provavelmente todos desistiram de esperar por atualizações - bem feito para mim. Tudo bem, vamos tentar pra ver no que que dá.

Justificando a ausência: estou trabalhando à vera. O emprego é provavelmente a única coisa realmente boa e empolgante da minha vida neste momento - mas também bem é exaustivo e me extenua a cada dia. É um serviço ótimo mas que não me deixa parar um segundo, o que acaba consumindo meu tempo (e minha disposição, for that matter); o resultado, tá dando pra ver aí: não atualizo desde o ano passado.

Prometo (como se alguém se importasse) que vou fazer o meu máximo em sentido de ser mais assídua. Até porque, com algo tão palpitante quanto o Big Brother Brasil 4, não vou poder reclamar de falta de assunto...