Across my Universe

terça-feira, agosto 31, 2004

Da séria série "Meu e-mail é uma caixinha de entrada de surpresas"


Não há como escapar: se você tem endereço de correio eletrônico, já recebeu ao menos um spam, um hoax ou uma mensagem bizarra. Mas eu duvido que sejam em nível tão elevado de insanidade quanto as que eu recebo no e-mail do trabalho.

Além de pérolas da cepa de "Enlarge your penis" (sinceramente, estou muito satisfeita com o tamanho que tenho agora, obrigada), "Buy cheap Viagra" (não creio que funcione com mulheres, mas prometo que um dia eu compro) e "Mortage at great ratings" (ainda não cheguei a esse ponto de miséria), fui agraciada com a seguinte - e inacreditável - mensagem:

Prezada Louise,

Gostaria muito em poder conhecê-la, pois seus amigos falam muito a seu respeito, e não medem elogios a sua pessoa, e eu ficou morrendo de inveja por eles terem uma pessoa tão linda e maravilhosa como você. Tenho muito vontade de fazer um contato imediato de 3º grau.

Deste faminto por amizade intríncica (sic)

Confesso que minha primeira reação foi dizer "Hã?". A segunda foi uma sonora gargalhada - pela qual fui severamente repreendida, já que redação de jornal é um lugar sério (não riam, por favor). E fui enfim assaltada por dúvidas terríveis: quem seriam esses amigos que ele cita? O que eles falam de mim, para que ele tenha tanta inveja? Resisti à tentação de perguntar tudo isso ao próprio respondendo ao seu e-mail - atitude que comprova que minha sanidade mental permenece intacta.

Além disso, merece destaque o uso altamente criativo que o rapaz faz da língua portuguesa. Quase um Guimarães Rosa. Editores do Brasil, vocês não sabem o que estão perdendo (ainda bem).

E caso vocês estejam se perguntando, meu caríssimo adimirador não voltou a se manifestar. Alguém lá em cima (na informática) deve gostar de mim...

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Cadu: muitos beijos e votos de feliz aniversário, lindão! Mesmo sabendo que você não vai acessar isso aqui, saiba que te desejo tudo de bom. =*

quarta-feira, agosto 18, 2004

Post de entulho


Se eu disser que isso aqui anda abandonado por causa do sirviço vocês vão me sacanear, né?


- Ah, conta outra. Ninguém mais agüenta essa história. Deixa de nhém-nhém-nhém.

É sério, gente. As coisas andam meio confusas aqui no *local de trabalho* e outros vícios tomam conta do meu parco tempo livre. Mas chegará um dia, não muito distante, quando eu conseguirei casar com um embaixador senil (muito senil) e rico (muito rico), e então poderei me dedicar a minha espelunca virtual com todo amor e paciência do mundo.

Meanwhile, enquanto dependo dos trocados e côdeas de pão que me são jogados, vou levando o blog só de birra, só de sarro. E vamos logo a esse despacho de idéias, que eu tenho mais o que fazer.

* Lembram quando eu falei que o médico me recomendou beijar mais? Pois um colega do trabalho foi a um que recomendou que ele se amasse mais. Sei não, mas parece que a linha Ursinhos Carinhosos ganha mais e mais adeptos na clínica geral;


* Desisti de ver os jogos de vôlei masculino do Brasil nas Olimpíadas. Se no compacto eu quase morri do coração, minha expectativa de vida vai cair drasticamente acompanhando em tempo real;

* Não consegui trocer pela seleção hoje, em Porto Príncipe. Acho até anti-ético - para não dizer nada Cristão - vibrar com uma goleada sobre o Haiti, ainda mais depois da alegria com que eles nos receberam;


* E por falar em Haiti, vi hoje que a organização do jogo desistiu de garantir ingressos em troca de armas de fogo. Um dos motivos era o fato de aqueles que não tinham nenhuma garrucha em casa comprarem uma só para ganhar a entrada! Isso mesmo que vocês leram. Quer dizer, que alegria eu posso ter em fazer gol nesse povo? E sim, o mundo é bizzrro;

* Os serviços de comunidades virtuais estão se reproduzindo mais rápido do que meu salário vai embora. Agora, estou inscrita no Orkut, Multiply e Hi5. O que me lembra uma frase genial que escutei certa vez de uma popular que transeuntava na minha frente:

- Aquele cara ali falou contigo, você conhece ele?

- Eu não. Nem quero. Eu já conheço gente demais na minha vida.

Isso é o que eu chamo de sabedoria popular. Mas eu não resisto a uma novidade e, assim, estou conhecendo mais e mais pessoas;

* E parece que hoje vai estrear um reality show no SBT, mas isso eu me recuso a comentar... =D

segunda-feira, agosto 09, 2004

Foi difícil, mas eu sobrevivi à semana passada. Foram sete dias de dores de cabeça, musculatura travada e enjôos constantes - ah, as delícias de se estar viva.

Apesar de tanto incômodo, só hoje consegui me espremer na agenda de um clínico-geral para que ele chegasse ao diagnóstico que eu já suspeitava: estresse. Há algumas semanas o ritmo do trabalho vinha se acelerando, só podia dar nisso mesmo. Afinal, o jornalismo tem que manter seu status de profissão que mais mata no mundo, n'est-ce pas?

O mais curioso, no entanto, foi o remédio que ele receitou para aliviar a tensão: "Você tem dado beijo na boca? Não? Então pronto, vai sair e dar beijo na boca!"

Ah, tá. Simples assim. Sorry, doutor, não tinha me ocorrido que era tão fácil.

E então eu me lembrei do último ultrasom que eu fiz. Enquanto examinava meu lindo e diminuto útero a médica sentenciou: "Se eu fosse você, não deixava para ter filhos muito tarde não, viu?". Beleza, é só eu acabar aqui e vou caçar homem na esquina...

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Então, como vocês podem perceber, arranjar um namorado agora é uma questão médica, mais até do que sentimental. Por isso, estou aceitando currículos de maiores de 25 anos, solteiros e limpinhos... =D